sábado, 14 de maio de 2011

Fernando Costa - Candomblé (É do Norte que vem) - década de 70?



01. Maria Mulambo; 02. É do Norte que vem; 03. Canto a Inaê; 04. Orixá Tempo; 05. Meus Amigos; 06. Pai Pena Branca; 07. Cavalheiro Ogum; 08. Mamãe Dandalunda; 09. Pescador, cuidado!; 10. O lírio do Caboclo Serra Negra; 11. Yaô Darumê; 12. Guerreiro da mata.


Saudações a todos! De uns tempos pra cá, tenho notado que as visitas à este blog tem caído consideravelmente, uma vez que as postagens ficaram menos frequentes; isso acontece porque nosso tempo livre tem se reduzido consideravelmente, e nós procuramos usá-lo inteiramente para nosso descanso. Ora, eu procuro fazer com que tudo, ou quase tudo, que é postado aqui neste blog seja feito com o máximo de carinho e cuidado (não são raras as postagens que foram precedidas por um trabalho de pesquisa sobre o assunto; como eu sou leigo, nunca cito fontes, o que não significa que neste blog eu escrevo simplesmente o que me vem à cabeça e que se fodam os fatos, como se eu fosse um grande sábio!) e algumas vezes isto demanda mais do que um dia para ser feito...


Ou seja, tem ficado um pouco complicado atualizar este blog, pra que ele não fique apenas reduzido aos devaneios de um besta metido a sabichão; o que se bota aqui tem que ter um mínimo de fundamento. E nem sempre nos encontramos suficientemente inspirados pra fazer algo. E depois destas divagações, vamos finalmente comentar a obra. Eu a encontrei por acaso, em divagações pela internet. Como todos sabem, sou um aficionado por música das religiões de matriz afro-brasileira. Um belo dia em que eu estava vadiando vendo uns vídeos no YouTube, encontro por acaso um vídeo com uma das faixas desse disco. Fui até o canal de quem postou esse vídeo e descobri que era um canal para divulgar a obra de Fernando Costa, criado por seu filho.


Fernando Costa é mais uma dessas figuras que tem história considerável dentro da música, mas que foram relegadas ao esquecimento. Gravou alguns discos como cantor de músicas românticas, foi militar da Aeronáutica e também foi compositor e produtor musical. As fontes que pesquisei não dão muitas informações além dessas, mas dizem ainda que ele foi se retirando da carreira musical com o advento da Jovem Guarda. E citam o disco que ora comentamos como o retorno deste à carreira de cantor. Quanto ao disco em si, é uma obra bastante agradável de se ouvir; um violão (com um executor competentíssimo, diga-se de passagem) e um tambor (não pude identificar se eram atabaques, bongôs ou congas) executando serestas, sambas e outros rimos falando das coisas dos terreiros.


Pois bem, é uma obra recomendável para os que gostam da música que fala das coisas do santo e também dos que apreciam a música brasileira... Abençoado seja o filho deste operário da música que foi Fernando Costa, que disponibilzou para a consulta da posteridade uma obra raríssima... Como todas as músicas do LP estão no YouTube e infelizmente não estão disponíveis em outro lugar, eu botei o vídeo correspondente a faixa 03, "Canto a Inaê" Portanto, ó aficionados da música do santo, não me peçam esta obra pra baixar, uma vez que não a tenho em meu acervo particular... Boa audição, pois agora vamos saravar os pretos-velhos na casa de Seu Pena Verde...