segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Viva o "copyleft"!

Saudações a todos! neste momento, eu estou escrevendo do campus guarulhense da Universidade Federal de São Paulo, onde estou cursando o sexto semestre da licenciatura em História. E, apesar do meu cansaço, eu ainda encontro ocasião para escrever algumas linhas...



Na última postagem, eu estava lamentando o fim do blog "Um Que Tenha", grande repositório da cultura musical brasileira. Pois bem, para a alegria dos amantes da boa música e também para os defensores do "copyleft", este blog voltou ao ar em um novo endereço (há um link na minha lista de blogs favoritos), mostrando que a a produção cultural humana não deve ser domínio ou propriedade de alguns burgueses satisfeitos, mas sim de todos os que quiserem beber de sua inesgotável fonte.



Notem bem que isto não é o mesmo que pirataria ou violação de direitos; se, por exemplo, eu pegar na internet a obra completa do Bezerra da Silva para que eu possa me deleitar com as músicas no recesso de meu lar ou as boto num cd e dou de presente a um amigo, isto é muito diferente de qualquer exploração comercial; eu não estou pegando as músicas pra ir vendê-las na rua ou estou dizendo que as músicas do Bezerra foram compostas por mim e por isso eu arranjo um meio de ganhar dinheiro explorando o talento e a fama do cara. Perceberam a diferença?



E uma das coisas que o "copyleft" prega é justamente isso: que a produção da humanidade deve ser colocada em benefício da mesma como um todo. O ser humano se distingue dos outros animais justamente pela sua capacidade de transformar a natureza para produzir coisas várias para seu benefício (não sou marxista, mas nessa tenho que dar a mão à palmatória àquele filósofo barbudo que de tanto ficar sentado só estudando e escrevendo ficou com escaras na bunda), mas de que valeria isso se tal capacidade ficasse restrita a apenas um indivíduo?



Não é errado que aqueles que produzem explorem os frutos de sua produção, mas mesmo assim, ela está sendo colocada em benefício do outro, e este direito, assim como~qualquer direito, não é eterno, vale apenas por algum tempo, ou pode perfeitamente ser modificado pelas circunstâncias... Por esta e por várias outras razões, damos um viva ao "copyleft", pois para que iremos gastar somas exorbitantes de dinheiro e/ou passarmos longas horas de nossas vidas em sebos se é (ou se for) possível com poucos cliques obtermos músicas ou livros e assim beber gratuitamente de suas fontes?

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